«A cooperação é o ativo mais importante para podermos competir»
«A cooperação é o ativo mais importante para podermos competir, através do enriquecimento da cadeia de valor, o conhecimento de novas empresas e projetos», foi um dos destaques do painel da Cooperação, proferida por José Manuel Fernandes, presidente da AEBA – Associação Empresarial do Baixo Ave, durante o LINK LAB TROFA, uma iniciativa no âmbito do projeto AEP Link, que promove a cooperação entre as PME e outros stakeholders, e que decorreu na manhã de hoje, dia 12 de setembro, no Fórum Trofa XXI.

Pedro Martins, Gonçalo Azevedo, Carlos Santos e Artur Carvalho
Sobre o tema da presença da Economia Digital nas empresas, Pedro Martins considerou que «o mercado inglês pode ser o nosso exemplo ao nível da economia digital. Somos o ADN mais próximo: temos boa reputação, temos presença global, e história. Podemos atacar nichos de mercado, onde podemos ser diferenciadores». «Temos de tornar os sistemas de informação das empresas mais ágeis, mais abertos, promover a comunicação e formas de potenciar os sistemas de informação para permitir um acesso mais facilitado ao mercado global», defendeu.
Carlos Santos afirmou que «Já existe no ADN das empresas a economia digital. A tecnologia foi sendo incorporada sem que as pessoas se apercebessem, criando novas ferramentas de comunicação. O volume de informação que recebemos todos os dias na empresa, que pode ser trabalhada e canalizada como forma de divulgação da organização, acrescentam mais valor à empresa».
Artur Carvalho destacou que a Indústria 4.0 sempre esteve presente, em que as unidades industriais foram sendo automatizadas. «As máquinas sempre estiveram preparadas, mas alguns fabricantes não evoluíram ao nível do software, o que se torna uma dificuldade para nós.»
Na questão de como as empresas podem adotar a economia digital, Pedro Martins deixou a dica de que «se não nos alinharmos com as necessidades dos negócios onde nos inserimos, perdemos janelas de oportunidade». Já Carlos Santos desmistificou os custos para as empresas, associados aos sistemas de informação, salientando que devem ser pensados no retorno futuro.
O conhecimento, a partilha e a confiança são elementos-chave para a cooperação

Sérgio Humberto, António Laranjeira, José Manuel Fernandes e Paulo Alves
À questão da importância da cooperação, Sérgio Humberto frisou que «é importante cooperar, trabalhar em conjunto, com objetivos. Trabalhar sozinho não leva a lado nenhum». «Um político deve ser um catalisador, que deve perceber qual é a importância de um determinado investimento, e quem não perceber isto está errado», salientou o autarca. Sérgio Humberto destacou ainda a importância de cooperar internamente, com outros municípios, e externamente, com outros países, em que as duas partes fiquem a ganhar.
Paulo Alves abordou a cooperação na lógica de ecossistema, em que existe um conjunto de parceiros e de atores, que juntos fazem a diferença. «Há quatro aspetos fundamentais para os processos de cooperação: a confiança entre os agentes, construída ao longo do tempo; a aprendizagem; a abertura, com diferentes agentes; e a palavra.»
José Manuel Fernandes sublinhou que «o crescimento e o desenvolvimento da atividade empresarial faz-se em múltiplas frentes, uma delas a cooperação. A cooperação é o ativo mais importante para podermos competir, através do enriquecimento da cadeia de valor, do conhecimento de novas empresas e projetos. Permite-nos alavancar o nosso valor acrescentado nas organizações, para sermos mais diferenciadores que a nossa concorrência lá fora». «O valor do tempo é importante e tem um custo elevado. As duas partes têm de ganhar a cooperação, negociando de forma equilibrada, se assim não for terá um desenvolvimento dificultado.»
No final do painel, os oradores deixaram alguns estímulos à cooperação,
onde enfatizaram a importância de ver o mundo de forma positiva, da
aprendizagem e da criação de valor que a cooperação permite e alavanca.
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