É preciso estar atento ao conhecimento que é criado no universo empresarial
Nos primeiros painéis da manhã do LINK LAB TROFA ficam as dicas de sucesso dos empresários do concelho: estar atento ao conhecimento experiencial que é criado dentro das próprias empresas; integrar redes de cooperação; e acreditar sempre que é possível, para poder inovar e internacionalizar.
A Trofa recebeu dia 12 de setembro a reentre do roadshow AEP
LINK, o projeto da AEP para criar uma rede de colaboração entre PME, para
promover a sua competitividade. «A colaboração é hoje essencial para potenciar
os negócios, a internacionalização e o sucesso de cada um individualmente, e,
como consequência, do País como um todo», considera Paula Silvestre, diretora
de competitividade da AEP, na abertura do encontro que reúne cerca de 80
empresários no Fórum Trofa XXI até às 15h00.
«Só com uma rede forte assente na colaboração é
que podemos trabalhar novos canais de negócios, clientes, fornecedores,
mercados», defende Pedro Janeiro, strategy & operations manager na
Deloitte. «Temos desafios de escala, e as redes de colaboração e o network são
essenciais. Por outro lado, é preciso diagnosticar as dificuldades e desafios
dos empresários, e para isso o AEP LINK está a promover um questionárionacional que todos os empresários devem preencher, para que se encontrem
respostas para as vossas necessidades específicas».
Gonçalo Azevedo Silva, strategy &
operations consultant na Deloitte, focou-se no dashboard económicointerativo, uma das ferramentas do AEP LINK à disposição dos empresários, que
analisa a performance empresarial das diversas regiões do país, e que permite
aos empresários compararem-se com o todo, em diversas áreas, por regiões e em
todas as indústrias. O dashboard é evolutivo e está em constante atualização,
de acordo com a realidade que os questionários forem revelando sobre o tecido
empresarial.
O portal aeplink.pt e a bolsa de
oportunidades do projeto foram apresentados por Sofia Sirigado, da
Deloitte, onde os empresários, investidores, associações e outras entidades se
podem registar para ter acesso, e para partilhar, oportunidades de negócio e
parceira. A bolsa faz o match automático entre registos/ofertas sempre que
encontra oportunidades que se complementem, apresentando aos empresários o
parceiro ideal para o projeto que registou. Fica nas mãos de cada empresário
escolher se prossegue com a potencial parceria ou não.
O LINK LAB TROFA prosseguiu com um painel dedicado ao investimento, promovido pela Iberinform. Norberto Bessa, branch manager da Olicargo, defende que obter investimento é crucial para crescer a nível internacional, como foi para a Olicargo crucial para apostar noutros mercados. Crescer só com capital português é muito difícil, e o investimento é um dos principais pilares para crescer, embora considere que o acesso a financiamento seja complicado.

Norberto Bessa, Sérgio Silva, Gonçalo Azevedo, Manuel Lavadinho
Para Sérgio Silva, CEO da Brasmar do Grupo
Vigent, o País e as empresas precisam de investimento mas é preciso não entrar
em euforias. O empresário às vezes vê-se no meio do furacão, com projetos financiados
pelos fundos, e até com financiamento da banca, mas com projetos com pouca
rentabilidade. Para Sérgio Silva temos de investir olhando para o mercado lá
fora e para aquilo que ele precisa, pensar em projetos que acrescentem valor e
façam a diferença, que deem mais margem e maior rentabilidade. Para ele, o
empresário não se pode só focar nos fundos, e esperar por eles, porque eles
podem não chegar no timing certo.
Para exemplificar, o CEO da Brasmar contou que
a empresa andou sempre em contraciclo, apostando fortemente em investimento para
melhorar o seu produto durante a crise, estando agora a tirar proveito dessa
dinâmica positiva. É fundamental acreditar que é possível, diz, o empresário «tem
de ser um pouco maluco. Se a oportunidade acrescenta valor, temos um
diferencial em relação à concorrência, e é nesses projeto que vale a pena
investir», considera.
Sérgio Silva destacou como ferramentas
fundamentais ao empresário o seguro de crédito, que permite aferir a
"qualidade” do cliente e que risco acarreta, e a avaliação dos concorrentes,
para perceber a dinâmica do setor: o empresário tem de conhecer estas
realidades. «Vender sem receber não é vender, é dar. Eu quero vender a quem
pode pagar», declara, destacando que, claro, o empresário tem de fazer produtos
ou prestar serviços que o diferenciem, que agreguem valor.
Manuel Lavadinho, head of major accounts da
Iberinform, focou-se nos números: 98.4% das empresas portuguesas são micro
empresas, com menos de 10 trabalhadores, e mais de 70% das empresas têm
capitais sociais de menos de 25 mil euros. Perante estas condições, considera
que é essencial os empresários unirem-se e trabalharem juntos. E há que escolher
os parceiros, fornecedores, clientes certos, há que ter informação, avaliar os riscos,
para que o empresário se dedique aos projetos certos. «Não são as grandes
empresas que precisam de ter acesso a estas informações, são principalmente as
pequenas, que mais sofrem quando recebem tarde ou têm problemas com parceiros»,
atesta, destacando os programas da Iberinform nesta área ao dispor do empresário.
É preciso estar atento ao conhecimento que é criado no
universo empresarial

Pedro Janeiro, Céu Filipe, António Machado, Mário Almeida
Para António Machado, diretor de agência na
Granca Portugal, a inovação é o caminho a seguir, caso contrário não há criação
de maior valor. Claro que representa um custo, e que é difícil obter
financiamento, mas há que perseverar, tem de se fazer. António Machado considera
que o empresário português tem um problema sério no que toca à inovação, que é
a fuga de a mão-de-obra para outros mercados: se o País não crescer nos fatores
de atratividade, estas pessoas continuam a sair. Por outro lado, as margens
degradam-se ano após ano, é preciso continuar a renovar máquinas, entre outros
investimentos recorrentes, e há outros países na europa muito competitivos: só mesmo
pela diferenciação é que conseguiremos superar estes desafios.
Mário Almeida, CEO da Nhclima – ventilação e
climatização, diz que «sem risco não há negócio», e deu o exemplo da Nhclima,
que não depende do mercado nacional, vende 80% para o estrangeiro. A empresa fez
o seu caminho correndo riscos, apostando fortemente na certificação
internacional, que foi um investimento financeiro tremendo, mas que valeu a pena,
e que colocou a Nhclima na liga dos campeões da sua área.
Também Mário Almeida considera que a mão-de-obra
qualificada é essencial para a inovação, e que há hoje dificuldade em encontrar
profissionais para determinados setores. Considera que a formação tem de ser
mais técnica, mais prática, e que o empresário têm de constantemente procurar produzir
o mesmo produto com um custo menor, para tentar continuar a ser competitivo.
O LINK LAB TROFA prosseguiu durante a manhã de 12 de setembro, com
duas mesas dedicadas à economia digital e à cooperação, terminando com um
almoço de networking.
O Link Lab Trofa é promovido pela AEP –
Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, que conta
com o envolvimento da Deloitte, com o apoio da Konica Minolta, Crédito y
Caución e Iberinform, e com a colaboração da AEBA. O projeto AEP Link é
cofinanciado pelo Compete 2020, pelo Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER).
Saiba tudo o que já se disse nos LINK LABS AEP
Agende os próximos LINK LABS
Conheça a caracterização empresarial do concelho da Trofa
Para António Machado, diretor de agência na Granca Portugal, a inovação é o caminho a seguir, caso contrário não há criação de maior valor. Claro que representa um custo, e que é difícil obter financiamento, mas há que perseverar, tem de se fazer. António Machado considera que o empresário português tem um problema sério no que toca à inovação, que é a fuga de a mão-de-obra para outros mercados: se o País não crescer nos fatores de atratividade, estas pessoas continuam a sair. Por outro lado, as margens degradam-se ano após ano, é preciso continuar a renovar máquinas, entre outros investimentos recorrentes, e há outros países na europa muito competitivos: só mesmo pela diferenciação é que conseguiremos superar estes desafios.
Mário Almeida, CEO da Nhclima – ventilação e climatização, diz que «sem risco não há negócio», e deu o exemplo da Nhclima, que não depende do mercado nacional, vende 80% para o estrangeiro. A empresa fez o seu caminho correndo riscos, apostando fortemente na certificação internacional, que foi um investimento financeiro tremendo, mas que valeu a pena, e que colocou a Nhclima na liga dos campeões da sua área.
Também Mário Almeida considera que a mão-de-obra qualificada é essencial para a inovação, e que há hoje dificuldade em encontrar profissionais para determinados setores. Considera que a formação tem de ser mais técnica, mais prática, e que o empresário têm de constantemente procurar produzir o mesmo produto com um custo menor, para tentar continuar a ser competitivo.
O LINK LAB TROFA prosseguiu durante a manhã de 12 de setembro, com duas mesas dedicadas à economia digital e à cooperação, terminando com um almoço de networking.
O Link Lab Trofa é promovido pela AEP – Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, que conta com o envolvimento da Deloitte, com o apoio da Konica Minolta, Crédito y Caución e Iberinform, e com a colaboração da AEBA. O projeto AEP Link é cofinanciado pelo Compete 2020, pelo Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Saiba tudo o que já se disse nos LINK LABS AEP
Agende os próximos LINK LABS
Conheça a caracterização empresarial do concelho da Trofa