AEP Link revela o perfil de investidores portugueses
No âmbito do projeto AEP LINK, a
AEP realizou um diagnóstico ao perfil dos principais investidores portugueses, a
fim de identificar os seus objetivos, setores prioritários de atuação, fatores
de atratividade para investimentos, e principais constrangimentos e
oportunidades de melhoria no mercado. Este diagnóstico, da autoria da Deloitte,
contou com a participação de 42 investidores, que responderam a um questionário
online e/ou entrevista.
«Pretendemos mapear os principais
problemas e identificar possíveis soluções que levem ao aumento dos níveis de
investimento de capital de risco em Portugal, e consequentemente ao
desenvolvimento da economia portuguesa», explica Paula Silvestre, Diretora da
AEP Competitividade.
Aumento de investimentos em 2020
Os resultados do diagnóstico
revelam que 70% dos investidores entrevistados pretende aumentar o seu
investimento ao longo deste ano, sendo que os investidores inquiridos detêm
1.600 milhões de euros de fundos sob gestão, dos quais 400 milhões ainda estão
disponíveis para investimento empresas portuguesas.
Setores prioritários para investimento
O diagnóstico concluiu que os
operadores de Private Equity preferem
a Indústria das máquinas e Equipamento Elétrico; os operadores de Venture Capital e os Business Angels dão prioridade ao setor
da Tecnologia e Telecomunicações; e os Family
Offices optam pelo Imobiliário.
Principais constrangimentos ao desenvolvimento do mercado
Segundo as respostas apuradas, há
vários constrangimentos de crescimento do mercado de investimento de capital de
risco, seja na obtenção de capital, mas também aquando a realização dos
investimentos.
- Obstáculos à obtenção de capital junto de outros fundos para investir:
- As limitações impostas pelos fundos comunitários;
- A ausência de um fundo de fundos;
- O número reduzido de casos de sucesso;
- As dificuldades em coinvestir com as entidades públicas de investimento;
- A
demora da resposta nos processos de candidatura e no reembolso dos fundos
comunitários.
- Dificuldades que os investidores enfrentam aquando a realização de investimentos:
- Resistência por parte dos empresários em aceitar as mudanças propostas pelos investidores de Private Equity e Venture Capital;
- Atitude defensiva das PME em abrir o capital social às Private Equity;
- Intervenção de investidores dificultada pelas empresas com gestão familiar;
- Competitividade das taxas de juro da banca mais aliciante para as PME do que o investimento de capital de risco;
- Sobreavaliação do valor das startups provocada pela falta de experiência dos empreendedores;
- Planos de negócios mal estruturadas e pouco detalhados;
- Morosidade
na justiça, e instabilidade legal e fiscal.
Oportunidades de melhoria do mercado
No que diz respeito às
oportunidades de melhoria do mercado, os investidores inquiridos sugerem as
seguintes medidas:
- Promoção de acordos políticos alargados, que visem uma maior estabilidade na legislação, e o aumento da celeridade processual dos organismos responsáveis pelos processos judiciais;
- Criação de um regime fiscal mais estável e favorável, que evite a dupla tributação;
- Otimização dos processos de atribuição de fundos comunitários, de forma a diminuir o tempo de resposta e do reembolso dos fundos atribuídos;
- Aumento da estabilidade da estrutura e da estratégia das entidades públicas de investimento;
- Intervenção do Estado como investidor apenas na ocorrência de falhas de mercado;
- Introdução de cursos de empreendedorismo nos diversos ciclos de ensino, e a promoção de informação disponível sobre o modo de atuação dos operadores de capital de risco, a fim de capacitar e preparar melhor os empreendedores para a abordagem aos investidores;
- Criação de um fundo de fundos;
- Intervenção do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social como investidor indireto de capital de risco.
Consulte o relatório completo do diagnóstico ao perfil dos investidores portugueses, descarregando o anexo apresentado abaixo, "AEP LINK - DIAGNÓSTICO AO PERFIL DOS INVESTIDORES EM PORTUGAL"